terça-feira, 29 de outubro de 2013

Médico do Goiás descarta Walter contra o Flamengo: 'Não vai ter jeito'

Segundo Dalton Siqueira, jogador tem lesão moderada na coxa direita, faz tratamento intensivo, mas prazo de recuperação é muito curto



“Não vai ter jeito”. Foi assim que o médico do Goiás, Dalton Siqueira, comentou a possível participação do atacante Walter no primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil, contra o Flamengo, na próxima quarta-feira.  O astro da equipe esmeraldina tem uma lesão moderada na parte posterior da coxa direita e faz tratamento intensivo para poder atuar no jogo de volta, dia 6 de novembro.

Walter se machucou durante a partida de volta das quartas de final contra o Vasco, na última quinta-feira, e foi substituído no segundo tempo. O jogador deixou o campo emocionado, já sabendo que não teria condições de enfrentar o Náutico, no último domingo. Walter queria jogar diante da família, que mora no Recife, e rever alguns amigos. Além do atacante, outros sete titulares foram poupados na vitória por 2 a 0 sobre o Timbu.
- Para quarta-feira não tem como o Walter atuar. Ele tem uma lesão moderada na coxa direita e faz tratamento intensivo. A gente sabe que o jogador se recupera muito rápido, mas o prazo é muito curto. Quanto ao segundo jogo, vai depender também da recuperação do Walter – disse Dalton Siqueira, por telefone.
Goiás e Flamengo se enfrentam quarta, às 21h50m, no Serra Dourada. Além de Walter, o time esmeraldino não poderá contar com o volante Amaral, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. A venda de ingressos começou nesta segunda-feira. O valor das entradas é R$ 50 nas arquibancadas e R$ 100 nas cadeiras. Torcedores com camisa do Goiás pagam meia-entrada.


Trouxe essa notícia para tentar interagir com os colegas para a questão da estética no futebol, sendo que o exemplo do atacante Walter é o mais recente entre outros que permearam o futebol nacional durante a história. O significado da identidade atlética de jogadores de futebol profissionais relaciona-se a um padrão corporal que permita almejar e alcançar rendimentos extensos no que tange a competição esportiva. Entretanto, o futebol "volta e meia" quebra esse modelo de referência e produz atletas sem o perfil de atleta, o que de certa forma diverge da lógica, mas seduz os olhos da imprensa e dos admiradores do esporte, que por vezes preferem os "Netos", Ronaldos" e Walters" do que uns certos "Patos" e "Gansos".

Sugestão e comentário de Everton Cavalcanti.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Crônica da Semana

Precisamos mesmo de Diego Costa?

André Alexandre Guimarães Couto


Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/2013/03/diego-costa-vira-inspiracao-no-pobre-e-desconhecido-barcelona-capela.html

Ninguém aguenta mais ouvir falar sobre a “escolha de Sofia” de Diego Costa em relação a qual seleção de futebol irá se integrar. Cá entre nós, não é uma decisão tão fácil, pois envolve algumas questões importantes. Vamos a elas:
1)           Do ponto de vista do jogador, parece muito mais fácil a escolha pela Fúria, devido a sua integração de muitos anos no futebol espanhol e o grande apoio que tem recebido pelo treinador Vicente Del Bosque e dos demais jogadores deste selecionado. Apesar de ter nascido brasileiro, Diego Costa, hoje tem uma vida social e cultural baseada na Espanha, mesmo com toda a crise econômica ocorrida recentemente neste país. Dizer não agora poderia abalar toda a sua vida em seu habitat, inclusive em sua relação com a imprensa espanhola.
2)           Por outro lado, o jogador não conta com um lobby parecido na seleção brasileira, pois são poucos os jogadores canarinhos que se posicionam favoravelmente neste sentido, muito provavelmente por conta da alta concorrência pelas convocações.
3)           O único grande apoio brasileiro vem de Felipão, que já havia convocado o jogador em março para 2 amistosos. A sede no Brasil é um grande argumento deste treinador para que Diego escolha o melhor caminho para se tornar campeão mundial.
Bem, mas e a posição da FIFA? Apesar de ainda não sabermos qual será a decisão da mesma, cabe lembrar que este caso não é um ato isolado, tendo ganhado altas proporções na mídia por se tratar de uma disputa entre Brasil e Espanha, duas poderosas seleções e candidatas ao título em 2014. Cabe lembrar que algumas seleções recentes de Futsal da Espanha, inclusive, contavam com muitos (aliás a maioria) brasileiros naturalizados.
Em um momento de intensa campanha contra o racismo e o xenofobismo no continente europeu, a FIFA que lançou medidas paliativas recentemente (como paralisar os jogos e ativar o sistema de som dos estádios reprimindo tais atos), tem procurado fazer vistas grossas para estes casos, pois acredita que a participação de alguns jogadores naturalizados em outras seleções colaboraria para uma diminuição dos atos racistas em alguns lugares deste planeta. Será mesmo? Alguém imagina um jogador nascido no continente africano jogar na Rússia, por exemplo?
A ideia de identidade também é chamada ao debate, pois se o nascimento pode definir uma determinada identidade espacial, a construção histórica de identidade nacional se dá por outros caminhos, como a conformação e propagação de uma cultura em comum. De acordo com o historiador Stuart Hall, “a identidade plenamente unificada, completa, segura e coerente é uma fantasia”.[1] Se não temos mais um sujeito monolítico e moderno, as conformações pós-modernas propiciaram um sistema de (re)significação e representação das práticas culturais cada vez mais difícil para criarmos rótulos. Ainda de acordo com Hall, por conta disto, “(...) somos confrontados por uma multiplicidade desconcertante e cambiante de identidades possíveis, com cada uma das quais poderíamos nos identificar – ao menos temporariamente”.[2]
Desta forma, o apelo ao nascimento biológico de Diego Costa não pode servir de mote para que a escolha seja óbvia, muito menos para servir de propósito para chamá-lo de traidor, em caso de sua negativa.
Por ora, seguimos em compasso de espera pela decisão de Diego Costa, que segundo o jornal espanhol AS, deve sair hoje. Mas, realmente, precisamos mesmo da presença dele em nossa Seleção? Mesmo sem termos um time imbatível, teríamos outros jogadores melhores ou pelo menos no mesmo nível?
Fred, Alexandre Pato e Leandro Damião hoje não seriam grandes opções, pois se o primeiro foi um dos destaques na Copa das Confederações, sua condição muscular sempre será uma dúvida, enquanto o segundo, bem, não preciso dizer muito, não é mesmo? O terceiro voltou a fazer gols. Porém, ainda é pouco para ganhar uma vaga na Copa.
Bom, mas temos Jô, que sempre comparece nos gols com a camisa amarela. E daí? Empolga alguém? E o Hulk? Bom jogador, mas contestado por muitos, já deixou de ser atacante referência no esquema tático de Scolari há muito tempo.
É. Comecei a escrever esta crônica acreditando que a CBF só investiria em Diego Costa não para fortalecer o Brasil, mas apenas para não aumentar as armas da Espanha, que já tem um time forte e poderá ser uma grande rival em 2014. Porém, ao analisar as nossas opções de ataque, ficamos realmente na dúvida para escalar o companheiro de Neymar.
E você? Escolheria qual seleção? Eu, sinceramente, não tenho uma resposta...




[1] HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 1991. P. 13.
[2] Ibidem.


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Federação Brasileira de Treinadores


O sistema futebolístico brasileiro começa a dar sinais de que vem se gestando uma nova configuração na sua organização, para além da atual, composta predominantemente pelos interesses financeiros das redes de televisão e os patrocinadores, das direções dos clubes (em especial os mais ricos) e da CBF. Uma instituição que há muito tem se tornado invisível e inoperante são as federações estaduais de futebol. Fato que merece considerações específicas, pois a fragilização dessas entidades é, muitas vezes, vista como sintoma da modernização do futebol brasileiro. Polêmica que implica em discutir a compreensão que temos dessa tal “modernização”. 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Bom Senso organiza mobilização antes de todos os jogos da rodada


Antes do apito inicial de todos os jogos da 30ª rodada do Campeonato Brasileiro, os jogadores se reuniram no centro do gramado e se abraçaram em um gesto de união por um futebol brasileiro melhor. A iniciativa foi organizada pelo Bom Sendo F.C., grupo formado por atletas de vários clubes nacionais que lutam por mudanças.

"Davi contra Golias", diz Gilberto Silva sobre jogo contra o Bayern


Campeão da Libertadores, o Atlético-MG garantiu o direito de disputar o Mundial de Clubes da Fifa, que será realizado em dezembro, no Marrocos. Porém, o Galo não terá vida fácil se quiser conquistar o mundo. Os mineiros podem ter pela frente o poderoso Bayern de Munique, em confronto considerado pelo pentacampeão Gilberto Silva como complicado para os atleticanos.

"Quando você encara um adversário, sempre existe um respeito muito grande. Porém, o Bayern, por ser o campeão europeu, vai olhar para o Atlético-MG como mais um time que quer vencer. Logicamente, terão as informações que precisam. Eles venceram o Barcelona e nós ainda não estamos no nível dos espanhóis. É um feito que muita gente não acreditava que fosse acontecer", disse o zagueiro em entrevista ao canal ESPN Brasil.

Para o defensor do Galo, o jogo contra o Bayern de Munique é um duelo de Davi e Golias. "Entendermos a nossa realidade, a nossa situação, e enxergamos que somos o Davi neste duelo contra o Golias. Temos que ser humildes e melhorar no que pudermos de agora para a frente", disse.

Apesar das dificuldades, Gilberto Silva mantém esperanças de ver o Atlético-MG ser campeão do mundo. "Todo mundo está esperando que no final do ano o Atlético-MG conquiste esse título. Principalmente nossa torcida, que ainda não sentiu essa emoção. Assim como eles, nutrimos esse sonho", concluiu.


Sugestão e comentário de Wendell Linhares.

O pentacampeão do Mundo com a Seleção brasileira em 2002 e agora jogador do Clube Atlético Mineiro, o volante/zagueiro Gilberto Silva, analisou as condições em que o Galo se encontra para enfrentar o Bayern de Munique em uma possível decisão do Mundial de Clubes da FIFA, que será realizado em dezembro, no Marrocos.

Na visão do jogador, o time mineiro precisa melhorar o que puder a cada dia, para que num possível encontro com a equipe alemã, o time possa realizar uma boa apresentação. Gilberto Silva prega respeito ao Bayern e diz que será um confronto entre “Davi e Golias”, dizendo que o Atlético fará o papel de Davi e o Bayern de Golias.

Mesmo sabendo das reais dificuldades, o jogador acredita que o time de Minas Gerais, Campeão da Libertadores 2013, possa sim conquistar o título inédito de Campeão do Mundo de Clubes 2013, título tão esperado pela massa atleticana.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Alex vê jogadores 'no limite' e pede voz a atletas


Uma tradicional e despretensiosa troca de camisas no gramado daria origem, um mês depois, a um movimento inédito e histórico no futebol brasileiro.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Clubes negociam com CBF adoção de pena a times devedores de salários



RIO - Em sintonia com algumas reivindicações do movimento Bom Senso FC, que reúne os principais jogadores do Brasil, os clubes negociaram nesta quinta-feira com a CBF a adoção de algumas medidas para moralizar o futebol brasileiro. Eles concordam com o fair play financeiro, permitindo punição a quem atrasar o pagamento de salários, e pedem maior prazo para quitar as dívidas com o governo. Além disso, admitem fazer uma revisão do calendário, principal pauta dos atletas.Os presidentes do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, do Internacional, Giovanni Luigi, e do Vitória, Alexi Portela, representaram os demais clubes em reunião realizada na tarde desta quinta-feira na sede da CBF, no Rio. E saíram animados da conversa que tiveram com o vice-presidente da entidade, Marco Polo del Nero.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Neymar volta a ser destaque na Espanha por atuação contra a Zâmbia


Os jornais espanhóis continuam atentos às atuações de Neymar pela Seleção Brasileira. Nesta terça-feira, o atacante foi o comandado de Luiz Felipe Scolari que ganhou mais destaque nas publicações europeias após a vitória por 2 a 0 sobre a Zâmbia, no Ninho do Pássaro.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A história de uma torcida que tem estádio, mas não tem time


Na pequena Cambará, no norte do Paraná, um grupo de torcedores encarna uma peculiaridade: eles são os proprietários do estádio da cidade, com capacidade para 20 mil pessoas, mas já não contam com um time para torcer. O esforço de anos para construir um campo que abrigasse o Matsubara, equipe que já foi uma das forças do interior do estado, resultou em uma desilusão para os apoiadores, que ficaram órfãos quando o clube abandonou a cidade - um dos últimos passos antes de deixar de existir.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Brasil goleia México: 4 a 0


A Seleção Feminina conquistou o terceiro lugar da Valais Cup, disputada na Suíça. O Brasil goleou o México por 4 a 0, no Estádio St-Germain, em Savièse.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Livro "Enquanto a Copa não vem"





Os artigos reunidos e organizados por Carlos Henrique Biscardi, Leda Costa e Martin Curi, nesta coletânea, constituem-se como uma análise reflexiva acerca do futebol e suas singularidades como fenômeno e símbolo da modernidade, catalizador de interconectividade mundial. A Copa do Mundo, considerada um dos episódios mais significativos na história do esporte, e em especial no Brasil, segundo os autores, historicamente vem se consolidando como instrumento potencializador de rearticulações políticas, de sentimentos nacionalistas e de valores cívicos.

Comentários de André Couto: Mais uma importante obra no mercado editorial procura discutir a relação entre memória e futebol, narrativa e imprensa, nacionalismos e sentimentos e várias outras questões de nossa cultura esportiva. Vale a pena conferir.

Crônica da Semana

Afinal, o que é esse tal de “bom senso”

por Luiz Carlos Ribeiro



Acaba de sair na mídia o manifesto do autodenominado Bom Senso F. C. Afinal, do que se trata? Será mais um sinal nebuloso de como estamos construindo a nossa democracia? Muito provável, e precisamos de alguma sensibilidade para percebermos isso. 

sábado, 12 de outubro de 2013

Farc acompanham alegria da Colômbia por classificação para Copa do Mundo

Colômbia se classificou com drama, após gols de Falcao Foto: EFE

As Farc celebraram desde Havana a classificação da seleção colombiana para a Copa do Mundo do Brasil, equipe que felicitou por ter concebido essa "grande alegria" para o povo colombiano.

"Estamos aqui muito contentes pelo empate conquistado em Barraquilla frente aos bravos araucanos do Chile. Estamos acompanhando toda essa festa, essa alegria que há na Colômbia. O esporte une povos e nações", disse perante os meios de comunicação o guerrilheiro "Ricardo Téllez".

Con otros nombres y la misma eficacia


Era la noche del reencuentro, con tranquilidades encima, sin histerias, con certezas, sin urgencias. Volvía la Selección a jugar ante su gente, en el Monumental, ahora ante Perú, en la última parada de local en estas Eliminatorias rumbo a Brasil 2014. Y lo hacía el equipo de Alejandro Sabella con la clasificación asegurada. Y con ciertos retoques en la formación. No en el sistema, claro. Porque el técnico decidió mantener el 4-3-3 para recibir a un rival diezmado por las lesiones y sin grandes motivaciones a la vista, alejado de la chance de ir al Mundial y con el nombre de Ricardo Gareca asomando en el nuevo proyecto para iniciar en enero el ciclo posterior al de Sergio Markarian. Pero sí lo hacía el seleccionado, en cambio, con otros nombres por esas cuatro ausencias notorias. Banega, Biglia, Lavezzi y Palacio por Gago, Mascherano, Messi e Higuaín. Con el regreso de la defensa titular, esa que no pudo exhibir Argentina en la fecha anterior, en su visita a Paraguay, cuando atrapó el boleto a la Copa del Mundo con un lapidario 5-2.

Ministro do Esporte justifica até preço de cadeiras condenado pelo MP

Perrone


Rebelo em visita ao estádio do Corinthians

A rodada de vistorias nos estádios da Copa do Mundo nesta semana se transformou em mais uma oportunidade para o ministro do Esporte defender projetos bombardeados por críticas.
Aldo Rebelo não teve dificuldades para justificar, por exemplo, os altos preços das cadeiras que seriam compradas pelo Governo do Mato Grosso para a arena Cuiabá. A compra foi anulada após pedido do Ministério Público-MT, que contestou os custos e o processo de licitação.
“O Ministério Público também compra cadeiras e sabe que o preço da cadeira varia de acordo com a qualidade… Pela qualidade superior, normalmente você paga mais”, disse o ministro ao programa Bom Dia MT, da TV Centro América.
Para justificar o cancelamento da compra, o MP apresentou a comparação entre as cadeiras vendidas pela mesma empresa para as arenas de Brasília e Cuiabá. Na capital federal, o preço médio foi de R$ 175 por cadeira. Mas, no Mato Grosso, cada assento custaria, em média, R$ 436,8. A decisão do MP foi tomada após o Blog do Vinícius Segalla noticiar a diferença de preços.
Apesar da diferença, a hipótese de superfaturamento nem passa pela cabeça do ministro. Ele até acha que a atitude do MP pode provocar mais gastos para o governo estadual no futuro.
“Qualquer coisa que você adquire tem aquilo que se denomina obsolescência planejada.  A própria indústria, de acordo com o preço, planeja o desgaste daquele equipamento.  Fico imaginado que deve ter sido buscada (pelo MP) uma economia a curto prazo, sabendo que isso naturalmente vai gerar uma despesa  a longo prazo”.
Ao visitar Porto Alegre, Rebelo voltou a defender as arenas candidatas a virarem elefantes brancos ao Bom Dia Rio Grande, da RBS TV. Para isso, ele criticou a média de público dos principais estaduais do país.
“Temos um problema de público e infelizmente não é apenas nos Estados onde o futebol não tem grande força. Ah, mas tem futebol forte no Amazonas, no Rio Grande do Norte e no Mato Grosso? Não… No  Rio Grande do Sul, mais da metade dos clubes que participaram do Campeonato Gaúcho não tiveram nem mil pessoas de público. São Paulo e  Rio de Janeiro também.  Tivemos jogos com grandes do Rio, onde o público não atingiu mil pessoas. Então temos um problema no país inteiro”.
E assim, o ministro se aproxima do Mundial com resposta na ponta da língua pra quase tudo que parece fora de ordem na organização. Sem constrangimentos.


Sugestão de Rick

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Petraglia desdenha de Baier: “O que ele ganhou pelo Atlético?”

Presidente defende a saída do atleta e diz que renovou com o jogador no ano passado por pressão da torcida. Em entrevista à ESPN, dirigente ainda falou sobre dinheiro público na Arena e fusão dos três times da capital


A história de Paulo Baier é mesmo página virada no Atlético. Depois do jogador ter declarado, no último domingo, que não havia intenção do clube em renovar o seu contrato, que vence em 31 de dezembro, o próprio presidente do rubro-negro, Mario Celso Petraglia, confirmou a informação e praticamente põe fim à esperança do torcedor em ver o Maestro atuando com a camisa atleticana em 2014, ano que deve marcar o fim de sua carreira.
“Aparentemente parece loucura [dispensar o jogador], mas o que ele ganhou pelo Atlético? Não sou contra o Paulo Baier, mas a nossa política é de renovação [do elenco], de juventude”, justificou Petraglia em entrevista ao programa Bola da Vez, da ESPN Brasil, exibido na noite de terça-feira (8).
“Nos melhores jogos nossos neste ano, depois da recuperação do Mancini, ele não estava em campo. Agora o marketing do ídolo é muito forte. Decidimos que não renovaríamos. Poderíamos enrolar [o jogador até o fim do ano], mas eu estou sendo criticado por ser honesto com ele”, disse, ao explicar o momento que o atleta foi comunicado da decisão.Petraglia revelou que não havia intenção em manter o meia para esta temporada, mas a pressão da torcida reverteu a situação. Mesmo sendo o vice-artilheiro do time no Brasileirão, com sete gols, o dirigente minimizou a importância do meia na recuperação do time na competição.
Na entrevista, Petraglia também comentou sobre a atual campanha do Atlético no Brasileiro, que o próprio presidente considera surpreendente, prometeu um time competitivo para 2014 e garantiu: não se ofende quando dizem que há dinheiro público nas obras da Arena. Confira as principais declarações do presidente do Atlético no programa Bola da Vez:


Momento atual do time e planejamento para 2014:
“[Para este ano] nosso planejamento era modesto, sem receita e a necessidade de investir no estádio, sem condições de disputar jogadores com o nível necessário. Optamos em não disputar o Paranaense, jogamos com o Sub-23. Investimos pouco em futebol e deu certo com o objetivo básico, fundamental, que era permanecer na Primeira Divisão. Ano que vem sim, no novo estádio, com outras condições, renda, 40 mil sócios, aí teremos o Atlético que todo nós queremos, que entra nas competições para vencer”



Desvalorização dos Estaduais
“Sempre fomos contra os Estaduais. A prática nos mostra a impossibilidade de ter mais de 70 jogos por ano. Tivemos uma pressão inicial da torcida, que não entendeu a opção para esta ano. Não começamos bem com os meninos, mas a coisa engrenou, vencemos o segundo turno, fomos vice-campeões, ganhamos clássico, formamos muitos meninos. Teve a pressão do time principal, que queria ter ritmo, mas nós não concordamos. Avisamos os meninos que eles iam até o final e pensamos em repetir isso no próximo ano”



Dinheiro público na Arena
“Fiz mais de trinta e tantos estudos de viabilidade de arenas. Se você viabilizar sem subsídios, você vai ter que pagar uma tarifa tão cara que não teria público. Se o Corinthians não tem subsídio, não faz estádio. Eu não vi nenhum estádio que não tenha subsídio e que fique em pé. [O modelo de investimento na Arena, com títulos de potencial construtivo] não foi criado por mim, já cumprimentei diversas vezes a pessoa que bolou. Não é dinheiro do orçamento, não é renúncia fiscal, é um título que a prefeitura dá para diversos projetos para ter retorno”

Aumento no custo das obras 
“Tivemos atraso de um ano na nossa construção. Nosso orçamento é de novembro de 2010 e estamos entregando o estádio em janeiro de 2014. São três anos de correção do Índice da Construção Civil, o que dá 30%. O nosso orçamento, mesmo com um ano de atraso, aumentou 18%. Tivemos dificuldades, mas o nosso modelo é diferente das 11 demais capitais. Os empreiteiros tomaram conta do futebol brasileiro, operarão por 30, 35 anos cobrando ingresso caro”

Elitização do público
“Teremos 43 mil lugares [na nova Arena]. Há uma grande dúvida se o consumidor terá condição de pagar o preço que será cobrado. Para existir isso, o público terá que ser outro, não o acostumado a pagar R$ 5,00. Nossa opção é a qualidade, outros clubes optam pela quantidade, como o Internacional, mas no Rio Grande do Sul ou é Grêmio ou é Internacional. A nossa opção é a qualidade, é cobrando mais caro o ingresso para que a gente possa fazer o futebol que aqueles que torcem por nós querem”


Imprensa
“Não sou contra a imprensa, ela tem seu papel. Nós não somos contra as rádios, só queremos que elas paguem. Porque eu tenho que dar ponto de luz, internet, lanche, água? Eles vendem espaços publicitários com o nosso conteúdo, com o nosso produto e querem isso de graça. Porque a televisão paga e as rádios não pagam? Por que não dar entrevista? Nós temos a Rádio CAP, nós damos todas as informações para a torcida, damos entrevista para o nosso conteúdo. O veículo deve pagar, se ele pagar a transmissão terá a entrevista como subproduto. Se não pagar não terá nada. O problema é só de dinheiro”



Fusão de Atlético, Coritiba e Paraná
“Não cabem três clubes de grandeza numa cidade como Curitiba, no máximo dois. Havia uma conversa com o Paraná Clube, que tinha um patrimônio maravilhoso, mas vendeu tudo, quebrou. Em 20 anos destruíram o patrimônio. Se nós tivéssemos feito uma fusão seria muito mais fácil. Eu cheguei a falar com o Farah [ex-presidente da Federação Paulista] para fundir os três [Atlético, Coritiba e Paraná] e disputar o Campeonato Paulista. O estádio seria o Couto Pereira, é mais perto que São José do Rio Preto.



Libertadores 2005
“Quando cheguei em 1995 prometi à nossa torcida que seríamos campeões brasileiros em dez anos, fomos em seis [2001] e quase bicampeões em dez [2004]. Se não fossem as forças ocultas, nós seriamos bi, se não fossem as forças ocultas nós seriamos campeões da Libertadores. Porque nos tiraram na mão grande do nosso estádio para jogar a final. Eu tinha todos os certificados, da polícia, do CREA, dos bombeiros, porque nós tínhamos os 40 mil lugares. Mas por forças superiores fomos jogar no Beira-Rio. Não foi o estádio, foi a desmoralização que nos fez perder”



Campeão do mundo em dez anos
“Sou pretensioso, prometemos que em dez anos seremos campões do mundo. Se eu tiver saúde para isso, seremos, não tem como não ser porque é um esporte que se joga com os pés. O Corinthians, Internacional, São Paulo foram campeões do mundo. Porque não podemos? Não pretendo [ser presidente até lá, 2021]. Vamos buscar salvaguardas para que nosso clube não fique vulnerável e sem proteção de aventureiros, desonestos, pessoas que querem ganhar dinheiro ou ganhar o título a qualquer preço. Vamos nos proteger no nosso estatuto, tem várias formas”


Sugestão de Luiz Carlos Ribeiro

Árbitro não relata briga de torcida na súmula do Atletiba



Mesmo assim, imagem da confusão, que gerou 11 prisões, podem ser encaminhadas ao STJD

O árbitro Sandro Meira Ricci não relatou na súmula do Atletiba deste domingo a briga generalizada entre torcedores do Atlético, o que atrasou o reinício do clássico no segundo tempo em 11 minutos. O juiz relatou apenas um isqueiro que foi lançado no gramado e a queda do alambrado na comemoração do gol de Paulo Baier, ao fim do primeiro tempo.
Mesmo sem constar na súmula, as imagens da briga das facções Fanáticos e Ultras pode ser encaminhada para avaliação da procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), podendo ser aberto processo em que o Furacão corre risco de perder mando de jogos. O STJD já abriu processo no caso da pedra atirada no gramado da Vila, na derrota do Atlético para o Vitória, no final de semana anterior - ainda não há data para o julgamento.

O torcedor, que é o presidente da Fanáticos, Fábio Marques, de 33 anos, teria sido primeiramente encaminhado com os outros torcedores à Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe), no próprio estádio. Após ser liberado, o mesmo homem, segundo relata a PM, foi detido novamente nas imediações da sede da torcida, próxima à Arena da Baixada, após a torcida ter sido escoltada na saída da Vila Capanema. Ele foi detido com uma pistola calibre 40 e encaminhado com mais dois outros homens ao no 8º Distrito Policial.A briga entre membros das facções Fanáticos eUltras no Atletiba rendeu a prisão de 11 torcedores e a emissão de quatro termos circunstanciados. Com um dos detidos aconteceu uma situação inusitada: foi preso duas vezes no mesmo dia.
A confusão no estádio aconteceu quando um grupo da Fanáticos deixou a reta do relógio em direção ao local onde estava a torcida do Coxa. No meio do caminho, eles foram interceptados pelos integrantes da Ultras, quando começou a briga generalizada. Com o confronto, policiais dispararam balas de borracha, o que gerou mais correria nas arquibancadas.
Isqueiro e alambrado
Antes da briga da torcida, o atacante Bill e o goleiro Vaná, do Coritiba, discutiram com um segurança do Atlético para pegar um isqueiro que havia sido lançado no gramado. Enquanto Vaná segurava o segurança, Bill arrancava o isqueiro dele. O objeto foi entregue à arbitragem e entrou na súmula.
Já a queda do alambrado - também relatado na súmula - no fim do primeiro tempo, quando a torcida atleticana comemorou o segundo gol de Baier. Como muitos torcedores subiram na grade, a estrutura não suportou e cedeu.
Segundo o major Manoel dos Santos Neto, responsável pela segurança do clássico, os policiais tiveram de amarrar o alambrado com cordas. A PM chegou a ser ajudada pela própria torcida para fechar o vão.
No campo, um cordão de segurança dos policiais manteve o controle para que a torcida não invadisse o gramado. “Tivemos de tomar uma medida para minimizar o problema e o jogo prosseguir”, disse o major.
Outro lado
Na manhã desta segunda-feira (7), o presidente da Fanáticos, Fábio Marques, negou que tenha sido detido duas vezes pela Polícia Militar. Conforme relatou à Gazeta do Povo, ele não chegou a se envolver na briga ocorrida dentro do estádio e, por isso, não foi encaminhado à Demafe. "Quando teve a confusão, fui para retirar uma integrante da Fanáticos que estava na briga. Não fui nem detido", diz.
Quanto à arma encontrada no carro onde estava, Marques afirma que o objeto não pertencia a ele. Segundo o presidente, a arma - de tipo restrito a uso da Polícia Militar - estava de posse de um componente da torcida. "A gente nem sabia que ele estava armado", declarou.
Para prestar esclarecimentos, Marques foi detido e encaminhado ao 8º Distrito Policial, de onde foi liberado porque outro jovem assumiu o porte de arma
.


Hipocrisia e barbárie
É lamentável o ocorrido neste domingo (06/10/2013), no jogo realizado entre Atlético Paranaense e Coritiba, no Estádio Durival Britto. O conflito não foi entre as torcidas dos clubes adversários, mas entre as organizadas Fanáticos e Ultra, do próprio CAP. A descrição feita pela reportagem do jornal Gazeta do Povo parece referir-se a uma quadrilha organizada de traficantes e criminosos, não a torcedores de futebol. Se é verdade que não dá para condenar a todos os torcedores por essa barbárie, está claro também que há da parte destes certa conivência e silêncio – por medo ou inércia – ou, pior, por que crêem que aqueles fazem o serviço sujo que acreditam deva ser feito.
Como também contam com a conivência das diretorias dos clubes, que não poucas vezes fazem vistas grossas e apaniguam a violência. Não é incomum membros das organizadas atuarem diretamente na administração dos clubes, mesmo que de maneira informal, ora como segurança, ora servindo a interesses pouco claros de grupelhos ou de egos individuais que predominam entre dirigentes. A experiência do Coritiba, com o caso na invasão que resultou na perda de mando e em grave prejuízo esportivo e financeiro ao clube, em 2009/10, revelou como eram íntimas as relações da diretoria do clube com as organizadas. Até o momento que a “Império” saiu do suposto controle, ou do acordo de cavalheiros (sic) que parecia existir ela e a diretoria alviverde.
Os conflitos violentos e muitas vezes armados servem para revelar o despreparo profissional dos dirigentes do futebol brasileiro, que parecem se sustentar no poder por meio da terceirização da violência.
Por fim, fica claro que a capacidade das nossas polícias em reprimir e prender manifestações de professores e estudantes não é proporcional ao tratamento dado ao crime organizado, do tráfico na periferia às classes medias nos estádios de futebol.
A resposta para isso tem de vir de torcedores que se indignem – como qualquer cidadão – com essa violência e das instituições públicas, em especial a justiça comum e a esportiva, caso contrário essa hipocrisia democrática que vivemos só terá um fim: mais e mais barbárie.

Sugestão e comentário de Luiz Carlos Ribeiro

sábado, 5 de outubro de 2013

Ministro apoia mudança em calendário e pede mais jogos para times pequenos

Aldo Rebelo também quer mudanças no calendário do futebol brasileiro

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, declarou nesta quinta-feira que é favorável as mudanças no calendário do futebol propostas pelo movimento de atletas Bom Senso FC. Em entrevista coletiva concedida nesta tarde, ele disse que os grandes clubes brasileiros jogam, em média, 20 partidas a mais por ano que os clubes de ponta da Europa. Isso, segundo ele, causa dois problemas.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013



Timão desencanta em Mogi Mirim



Tite escala Corinthians com três atacantes pela segunda vez no ano e encerra jejum de oito jogos sem vitórias. Equipe 'respira' na tabela

Por 
O Corinthians havia marcado apenas um gol nos últimos oito jogos até a noite desta quarta-feira. Contra o Bahia, em Mogi Mirim, o técnico Tite decidiu ousar: escalou três atacantes para começar a partida – fato que havia ocorrido apenas uma vez no ano – e assistiu a uma equipe completamente diferente, que resolveu o resultado ainda no primeiro tempo: vitória por 2 a 0, fim do jejum e o tão desejado alívio na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro.
A única vez em que o Timão havia começado com três jogadores no setor ofensivo foi no dia 21 de abril deste ano, contra o Atlético de Sorocaba, pela primeira fase do Campeonato Paulista. Naquela oportunidade, apenas aguardando o mata-mata do estadual, Tite decidiu ousar, como forma de teste. E deu certo: Alexandre Pato e Danilo marcaram os gols da vitória do Corinthians, que ficaria com o título um mês depois.
Apático e sem criatividade no ataque, o Corinthians vinha de uma goleada por 4 a 0 para a Portuguesa, sofrida em Campo Grande, no último domingo. Antes da partida, Tite havia indicado que Alexandre Pato voltaria à equipe, mas não havia dado qualquer indício de que sacaria Douglas para manter Sheik na formação principal. A surpresa surtiu efeitos e ampliou consideravelmente o rendimento da equipe alvinegra.
O volante Guilherme voltou ao campo e pareceu não sentir o mês e meio que teve de ficar em recuperação no departamento médico. Aumentou o volume do Timão no meio-campo e deu mais segurança para que os três atacantes se movimentassem, criando jogadas como não havia ocorrido na série negativa. Com Guerrero centralizado, Pato e Sheik atuaram abertos por esquerda e direita, respectivamente.
Os dois gols da vitória alvinegra saíram em bolas paradas cobradas por Sheik. Primeiro, o atacante cobrou escanteio na primeira trave, Guilherme desviou e Guerrero apareceu para concluir, dentro da pequena área. Depois, em nova cobrança precisa do camisa 11, o zagueiro Cléber, estreante da noite, subiu sozinho para balançar a rede de Marcelo Lomba e definir o placar a favor do Timão.
Embora o novo esquema tenha dado certo, o técnico Tite terá problemas para formar seu ataque no fim de semana, já que Emerson recebeu o terceiro cartão amarelo e não enfrenta o Atlético-MG no domingo, às 16h (horário de Brasília), no Independência. Além dele, Alexandre Pato, convocado pela seleção brasileira para dois amistosos, contra Coreia do Sul e Zâmbia, embarca com a equipe de Felipão na madrugada e também não joga.

Guerrero comemoração Corinthians contra Bahia (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)





Isso é conversa "fiada"! O ano inteiro o Tite muda o time, seja de início ou no decorrer do jogo. Ou seja, o Corinthians já está habituado com esse esquema de três atacantes, tanto é que derrotou o Chelsea com três homens de frente (Jorge Henrique, Sheik e Guerreiro). Fico pensando como a própria imprensa tenta justificar seus argumentos com afirmações superficiais, haja vista, quem acompanha o futebol no Corinthians saber que o que aconteceu não passou de uma fase ruim, inerente a todos os times de futebol (que nem sempre vencem). Logo, é mais fácil tentar entender tal momento corintiano pela lógica das vitórias passadas, do que pensar que houve grandes mudanças táticas na maneira de jogar. Inclusive porque o treinador é o mesmo a quase três anos e com essa loucura do calendário não da para causar grandes surpresas como essa mágica reinventada pela imprensa após a vitória conta o Bahia!

Sugestão e comentário de Everton Cavalcanti