sábado, 14 de dezembro de 2013

"Polícia divulga identidade de quatro atleticanos envolvidos em briga"


[Comentário de Edilson de Oliveira]

Afinal a Torcida Organizada Os Fanáticos do Atlético PR esta do lado de quem? O trágico incidente em Joinvile pode custar à equipe paranaense, perda de 20 mandos de campo, o mesmo pode ocorrer com a equipe vascaína. Se isto for confirmado, o Atlético não poderá jogar 2014 em casa, justo no ano em que a Arena da Baixada foi totalmente reformada para a Copa do Mundo, e quando a equipe rubro-negra conseguiu sua tão sonhada vaga para a Taça Libertadores.

Esta não é primeira situação causada por esta torcida organizada, em Clássico Atletiba na Vila Capanema, o Furacão foi punido por briga entre os próprios torcedores. Antes disso, em jogo contra Vitória a equipe foi levada ao STJD por atirar pedra no banco de reservas da equipe adversária. Afinal o que esta acontecendo nas arquibancadas? O objetivo de torcer pela equipe do coração parece ter sido deixado de lado, as torcidas organizadas que deveriam torcer, apoiar e ajudar seu time do coração, estão fazendo o oposto, prejudicando as equipes com multas e punições, e ainda por cima prejudicando os verdadeiros torcedores, que são impossibilitados de ver deu time jogar.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Crônica da Semana

Pode isso Arnaldo? Em tempos de Copa quem pode mais chora menos!

Por Everton de Albuquerque Cavalcanti


As vésperas de organizarmos nossa segunda Copa do Mundo em solo nacional, ainda nos deparamos com cenas lamentáveis iguais as presenciadas na cidade de Joinville.
Em uma rodada onde muito se valia, pensei bem em qual jogo colocar para dar aquela espiada na esperança de muitos e no desespero de tantos outros. Por um momento até pensei em contracenar as partidas através do mosaico multijogos, entretanto sabia que enxergaria pouco em meio a tantas possibilidades.
Pois bem, fui logo naquela disputa a qual acreditava definir muito de muito e certamente assim o foi, pois o jogo finalizou-se tempo depois do restante de toda a rodada que se iniciara. O Clube Atlético Paranaense jogando em Santa Catarina por perda de mando de campo enfrentou em busca de uma vaga na famosa Copa Libertadores da América, o quase rebaixado Vasco da Gama, em uma disputa que mais uma vez extrapolou o limite das quatro linhas.
Certa vez questionaram minhas habilidades reflexivas para tratar do futebol, afirmando que eu tinha que expandir os horizontes analíticos de tal esporte, tamanha sua grandeza cultural, social e política. Eu, um mero estudante de graduação me interessava por menores discussões que tratavam objetivamente do jogo enquanto seus aspectos biológicos e estratégicos.
Pensei a partir daquela data que realmente o futebol se tratara de um fenômeno cultural que mexe com o imaginário torcedor através da representação atrelada historicamente por todos os agentes responsáveis pelo desenvolvimento desse esporte a nível mundial.
O futebol então envolve vidas, como citado pelo presidente vascaíno após os incidentes no campo do JEC e se envolve vidas, envolve emoção, comoção, agressividade, aversão, carinho, tristeza, alegria, raiva, enfim, uma série de sentimentos que ocasionam o que determino como irracionalidade.
Alguns vão dizer que o campo é um lugar de tensões onde liberamos toda essa emoção e deixamos de lado toda razão que permeia o cotidiano enquanto sujeitos componentes de uma sociedade regrada. Mas na verdade o campo de futebol trata-se mais de um espaço de entretenimento pelo prazer de acompanhar o esporte, do que de liberação de frustração social permeada pela busca de um sentimento que sustente uma vida emocional vazia.
A cultura futebolística do brasileiro precisa mudar, porque o esporte é mais do que um argumento ultrapassado de alienação e de liberação de tensão. O tensionamento está presente nas relações sociais que os sujeitos estabelecem ao longo do seu dia-dia. Essa descarga de energia que nos faz pulsar pelo esporte não pode ser a culpa pelo que acontece enquanto atos de vandalismo e não pode ser pensada de maneira isolada e opositora a participação dos sujeitos que ainda gostam de ir ao estádio pelo simples prazer de torcer por seu clube de coração.
É a regra virando exceção, entendem? É o mesmo erro que achar que a punição aos clubes vai resolver completamente a mentalidade de alguns sujeitos que tem no caráter e na personalidade a necessidade de deturpar o espetáculo futebolístico que foi a vitória atleticana sobre o rebaixado Vasco.
Não da pra deixar de ir ao estádio torcer porque algum mau-caráter utiliza o futebol para fins de despejo de sua personalidade medíocre. O que deveria haver e não há, é uma ordem imposta para essas barbáries que acontecem desde que eu me vejo por gente. Ou será que alguém agora vai preso? Dificilmente! Vão é jogar a responsabilidade no clube mandante e dizer aos nossos ouvidos o que o digníssimo Milton Leite diria: “Seeeeeegue o jogo”!
Não estou aqui eximindo a suposta culpa do mandante do jogo, até porque ainda estou tentando entender porque não tinha UM policial dentro do estádio. Mas na verdade, particularmente acho que nem culpa do clube é, até porque mesmo sendo um evento privado, a partida necessitava de apoio do estado no que se refere ao policiamento, haja vista a demanda de pessoas no local, a importância da partida para os dois clubes e a quantidade de turistas que por motivos óbvios habitavam a cidade de Joinville naquele momento.
Em tempos que sabemos não ser possível a manutenção de relações cordiais entre torcidas adversárias, como permitem a ausência da força policial em um evento desse porte? Como permitem que seguranças privados façam sozinhos a proteção do local? Como acham que a violência hostil de Elias e Dunning (1992) não seria capaz de ultrapassar aquele simples cordão de isolamento? Como diria o lendário Chico Lang da Tv Gazeta: “assim caminha a mediocridade”!
Façam o favor né? Mais de três mil policiais no sorteio para a formação de chaves da Copa do Mundo e nenhum na rodada final do Brasileirão onde os dois times disputavam posições importantes na tabela. Isso é fazer a sociedade de boba, é tapar o sol com a peneira, é não ter BOM SENSO, é pensar que vivemos em um país sem sujeitos reflexivos e pensantes, mesmo que em nível de senso comum.
Percebemos então que apesar do Penta campeonato mundial e de toda essa economia que transforma o mundo a partir das tecnologias, o ser humano ainda caminha no que concerne ao domínio de sua própria irracionalidade e a nação ainda engatinha no que se refere à organização de um evento esportivo de gabarito.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Publicação do Centro de Estudos Africanos/Instituto Universitário de Lisboa lança edição sobre Esportes

Este número dos Cadernos de Estudos Africanos debruça-se sobre o desporto em África, olhando a sua história e as suas dinâmicas contemporâneas. Reflete, pois, o curso das investigações sobre um fenómeno presente no contexto das práticas do lazer e da evolução da cultura popular no continente. O interesse por este tema, até há pouco considerado marginal, traduz o reconhecimento da sua importância, não apenas enquanto objeto autónomo e merecedor de um olhar específico, mas também como instrumento para aceder a outras esferas do conhecimento sobre a história da África colonial e pós-colonial. Este volume dos Cadernos de Estudos Africanos pretende, desde modo, não apenas acrescentar conhecimento sobre realidades até aqui pouco exploradas, mas igualmente sugerir a discussão dos processos constitutivos da história de diversos países e regiões. Os vários artigos dialogam com temas que pautam o incremento dos estudos sobre África. A história colonial será talvez o mais significativo. O estudo do desporto é um meio privilegiado para examinar as relações entre colonizadores e colonizados, as formas de poder, a formação de grupos sociais, os processos de exclusão e incorporação social, também traduzidos nos mecanismos de acesso ou de interdição do lazer. Pelo enfoque no desporto acede-se às vivências de grupos sociais menos estudados. Relativamente ao contexto pós-colonial, abordam-se questões como a segregação racial, a construção de sociabilidades juvenis, a transição para a vida adulta e, ainda, o poder de construção identitária revelado pelo desporto. Hoje, no continente africano, as práticas e os consumos desportivos constituem-se como linguagens por intermédio das quais se expressam projetos e aspirações.
Nuno Domingos e Augusto Nascimento


Comentários de André Couto: Além da nota da redação, cabe informar, conforme poderão verificar no próprio periódico, que o futebol está bem representado nos estudos sobre África, como, por exemplo, no trabalho de Todd Cleveland: "Following the ball: African soccer players, labor strategies and emigration across the Portuguese colonial empire, 1949-1975" e de Holly Collison:‘Meta-societies’ and ‘play communities’. The function of play to Liberian youth football players.

Para consulta ao períodico do Instituto Universitário de Lisboa (IUL): http://cea.revues.org/1105

Brasil encara Croácia, México e Camarões. Grupo D tem três campeões.

William Correia, enviado especialCosta do Sauípe (BA)

O sorteio da Copa do Mundo de 2014 definiu nesta sexta-feira que a Seleção Brasileira enfrentará Croácia, México e Camarões na primeira fase do torneio. Realizado na Costa do Sauípe, no litoral da Bahia, o evento também colocou o grupo D como o mais difícil da competição, já que terá três campeões mundiais: Uruguai, Itália e Inglaterra, além da Costa Rica.
A primeira fase também terá a reedição da final da Copa de 2010, já que a cabeça de chave Espanha duelará com a Holanda logo na estreia de ambas. As outras equipes da chave são Chile e Austrália. O torneio no Brasil será disputado entre 12 de junho e 13 de julho de 2014.
O sorteio foi conduzido pelo secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, acompanhado pela atriz Fernanda Lima. Os assistentes do sorteio foram oito ex-jogadores: o inglês Geoff Hurst, o argentino Mario Kempes, o italiano Fabio Cannavaro, o alemão Lothar Matthaus, o francês Zinedine Zidane, o espanhol Fernando Hierro, o brasileiro Cafu e o uruguaio Gigghia.
A primeira seleção sorteada para o grupo dos anfitriões foi Camarões, definida no momento em que o carrasco brasileiro Zidane retirava as bolinhas dos potes. Em seguida, Cannavaro sorteou o México para o confronto com o Brasil. Por fim, a Croácia completou.
Assim como a chave dos campeões, outro grupo complicado no Mundial é o G, encabeçado pela Alemanha, que estreará diante de Portugal e jogará depois contra Gana e Estados Unidos. Já a Argentina não terá tanta dificuldade na primeira etapa do torneio, pois tem em seu grupo a estreante Bósnia Herzegovina, Irã e Nigéria.
A cerimônia de sorteio da Copa do Mundo começou sem atrasos, às 14 horas (de Brasília), com homenagem a Nelson Mandela, que morreu na quinta. Nos 40 minutos iniciais do evento, a organização fez uma rápida apresentação das 32 seleções e também das sedes, com Fernanda Lima ao lado do ator Rodrigo Hilbert.
Os shows de artistas nacionais, como Alcione, Emicida, Vanessa da Mata, Alexandre Pires e Margareth Menezes, foram intercalados na cerimônia. A partir do momento em que as seleções começaram a ser sorteadas, Valcke substituiu o ator para anunciar as partidas, até o encerramento do evento, que durou cerca de 1h30.
Confira abaixo os grupos:
A1 Brasil
A2 Croácia
A3 México
A4 Camarões

B1 Espanha
B2 Holanda
B3 Chile
B4 Austrália

C1 Colômbia
C2 Grécia
C3 Costa do Marfim
C4 Japão

D1 Uruguai
D2 Costa Rica
D3 Inglaterra
D4 Itália

E1 Suíça
E2 Equador
E3 França
E4 Honduras

F1 Argentina
F2 Bósnia Herzegovina
F3 Irã
F4 Nigéria

G1 Alemanha
G2 Portugal
G3 Gana
G4 Estados Unidos

H1 Bélgica
H2 Argélia
H3 Rússia
H4 Coreia do Sul

No dia 06 de Dezembro de 2013, na Costa do Sauípe, no litoral da Bahia foi realizado o sorteio que, conformou os grupos da Copa do Mundo 2014. Ao que parece, a seleção brasileira iniciou a sua trajetória, rumo ao hexa, com sorte. O Brasil está no grupo A, e, enfrentará seleções de nível médio e baixo (Croácia, México e Camarões).
No que se refere aos outros grupos, aponta-se o D, como o mais difícil. Discordo dessa assertiva. Para mim, Itália e Inglaterra passarão com facilidade pelo Uruguai. E, o grupo H, com o mais fácil.
E, para você. Qual é o grupo mais forte? O mais fraco? Quem decepcionará? Quem será o campeão? Confira os grupos, e, comece a elaborar as suas apostas. A: Brasil, Croácia, México e Camarões; B: Espanha, Holanda, Chile, Austrália; C: Colômbia, Grécia, Costa do Marfim, Japão; D: Uruguai, Costa Rica, Inglaterra, Itália; E: Suíça, Equador, França, Honduras; F: Argentina, Herzegovina, Irã, Nigéria; G: Alemanha, Portugal, Gana, Estados Unidos; H: Bélgica, Argélia, Rússia, Coréia do Sul.

Sugestão e comentário de Bruno José Gabriel

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O Bom Senso e a ideologia dos cartolas

[por Luiz Carlos Ribeiro]



Cada dia que passa fica claro que as pretensões de diálogo do grupo Bom Senso F. C. enfrenta problemas para se consolidar. Política e bom mocismo nunca se deram bem. Escrevi sobre isso há uns trinta atrás, quando ponderei que o calendário que existe no futebol brasileiro não veio por acaso. É evidente a força da Rede Globo de televisão sobre os clubes, os dirigentes das federações e da própria CBF. A Globo não só interfere no horário dos jogos da Copa por conta do mercado televiso mundial, principalmente o europeu. Mas se isso são favas que já foram contadas, o que chama a atenção é o comportamento de alguns dirigentes. A questão central para esses cartolas não é apenas a de inviabilizar a iniciativa do Bom Senso, em função de interesses financeiros da TV e de seus patrocinadores. O interesse é matar na base a iniciativa autônoma dos jogadores. Uma autonomia em relação não apenas aos dirigentes de clubes e federações, mas do próprio sindicato e federação dos jogadores, tradicionais instituições pelegas. Ou seja, para esses senhores de cartola, se a proposta do Bom Senso é boa ou não é irrelevante. Trata-se, portanto, de uma cruzada ideológica contra o movimento, cuja missão é sufocar a autonomia dos jogadores. Existe, nesse sentido, alguma similaridade com a chamada democracia corintiana, ocorrida no início dos anos oitenta. Lá, como agora, o país vivia uma fase de convulsão democrática. Mas as diferenças também são muitas. O Bom Senso é mais amplo que a luta dos jogadores de um clube e é claro que o Estado e a sociedade brasileiros são hoje muito mais democráticos que aquele. O calendário esportivo praticamente está encerrado este ano. No próximo ano o Bom Senso ou cresce e toma dimensões difíceis de imaginar hoje, ou soçobra na penumbra da copa do mundo. Leiam abaixo reportagem que revela a reação de um cartola histórico em relação ao Bom Senso F. C.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

"Título salva ano conturbado, e volta à Libertadores dá novo ânimo ao Flamengo"

[Sugestão e comentário de Miguel de Freitas]



Após um grande período de expectativa quanto a decisão da COPA DO BRASIL, pude perceber o que significa ser um time grande, o que significa a força da camisa ... Pois é no momento decisivo que os grandes demonstram porque são os favoritos e fazem prevalecer este favoritismo. Do ponto de vista técnico, físico e também tático qualquer pessoa que minimamente entenda de futebol (vamos excetuar a grande mídia que é carioca descaradamente e os torcedores que observam com os olhos da paixão), diria que a equipe do Atlético Paranaense vive um momento melhor e por isto seria favorito. Mas como diria meu amigo Nelson Rodrigues "O futebol não tem a lógica, ou melhor, a lógica do futebol é a lógica de cada jogo" e no jogo de ontem somente uma equipe não sentiu o peso da decisão e por isso mesmo com todas as limitações técnicas conseguiu chegar ao título, pois a perna dos seus jogadores não pesou e o cansaço foi superado pela vontade de vencer, pois já que não ia na técnica precisa ser na força e por isso permanece aqui o nosso complexo de vira latas, na esperança que no próximo ano tudo seja ainda melhor, pois este ano quase chegamos lá.


A visão da mídia e o futuro do clube carioca você confere em: 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

"Prefácio para Nilton Santos" - Por Armando Nogueira



Hoje se apagou mais uma luz da constelação de estrelas solitárias que representaram o Botafogo e o futebol brasileiro. Nilton Santos, a Enciclopédia do Futebol, que sofria do assombroso Mal de Alzheimer, teve decretado seu silêncio em definitivo.

Porém, é preciso celebrar a vida. A vida que tornou Nilton Santos inesquecível. Para saber mais sobre o ex-jogador, vale a pena conferir o post do blog Literatura na Arquibancada [http://www.literaturanaarquibancada.com/2012/05/nilton-santos-enciclopedia.html], publicado em 15 de maio de 2012, quando Santos completava 88 anos de vida. 

Vale a pena, ainda, ler o prefácio que o saudoso e impecável Armando Nogueira escreveu para o livro "Minha Bola, Minha Vida" (1998).

"Seleções acirram disputa por CTs para a Copa"

[Sugestão e comentário de Gisele Musse]



Definidas as 32 seleções que disputarão a Copa 2014, estamos cada vez mais perto de conhecer também os CTS que terão o privilégio (e o retorno financeiro) de hospedar delegações durante o mundial e, com essa proximidade, a disputa entre os municípios se intensifica. Essa competição não é à toa, pois, além dos benefícios gerados pelos investimentos realizados – principalmente em infraestrutura, que beneficia tanto comunidade autóctone quanto visitantes –, uma das principais vantagens em receber uma delegação é a visibilidade internacional (e nacional) que o município ganha através da exposição na mídia, que pode fomentar o turismo e a geração de divisas na região. A prefeitura de Bento Gonçalves – RS, por exemplo, investiu em melhorias na infraestrutura da cidade e na capacitação de pessoal, além de estabelecer parcerias com vinícolas da região para incentivar a divulgação da região na esperança de hospedar alguma delegação. Outros municípios também traçaram suas estratégias.

Embora todos os candidatos à residência temporária queiram receber alguma delegação seja ela qual for, sem dúvidas a disputa maior é por hospedar seleções famosas e favoritas ao título, como Espanha, Argentina, Alemanha e Holanda, e a especulação sobre qual será o local de treinamento escolhido por essas seleções é grande. Apesar da notícia veiculada na Gazeta do Povo informar que o CT do Caju está bem próximo de “fechar negócio” com a Espanha, a atual campeã mundial visitou outros excelentes CTS, como o CT do São Paulo, em Cotia, o CT do Caju, e de Belo Horizonte e Sete Lagoas – MG e não há nada decidido ainda, já que a maioria das delegações só deve definir o centro de treinamento após o sorteio das chaves que será realizada no início de dezembro e a relação definitiva sairá apenas em janeiro de 2014.

No entanto, em meio a especulações de acordo com o interesse preliminar das delegações, o estado de São Paulo deve ser o mais cotado, já que possui 30 dos 83 CTS selecionados pela FIFA. Estima-se que ao menos dez delegações de hospedem no estado e há rumores de que algumas das negociações já estejam bem avançadas.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Racismo no futebol cresce na Europa

[por Luiz Carlos Ribeiro]


A crise econômica não justifica, mas o declínio econômico e moral na Europa dá perigosos sinais que caminha para um extremismo étnico e nacionalista. E os jogadores negros são os mais visados. Seus altos salários (mesmo que restrito a uma minoria) conflita com o da maioria da população jovem e frustrada diante do esgotamento do sonho da civilização ocidental. A situação na Ucrânia e na Russia é pior, pois se associa a um estado policial corrupto, cuja elite está muito distante do que se pode chamar de "espírito civilizado". O anonimato das multidões no estádios começa a tomar a dimensão de um coletivo organizado, pautado na violência.

A frase de Marine Le Pen, líder do partido francês Frente Nacional, de extrema direita, sobre a seleção francesa, é mais uma evidência que essas manifestações não são isoladas e marginais: "A seleção é uma espécie de quadrilha de rapazes rebeldes mal educados que não têm qualquer orgulho nacional e só representam a França por dinheiro". Claro, ela se refere ao fato de a maioria dos jogadores do selecionado ser de origem magrebina, das ex-colônias francesas do Norte da África. 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Crônica da Semana



Qual o valor de um técnico?
por Maria Thereza Souza



O noticiário futebolístico mais uma vez está movimentado pelas especulações sobre a montagem de elenco dos clubes brasileiros para a temporada seguinte e, como manda a lógica mágica do esporte, esse planejamento começa pelo homem que estará a frente da equipe durante o ano – ou parte dele, como é de se esperar pelas características efêmeras do comando técnico nas instituições clubísticas do país. Nesse contexto, vemos borbulhar nos bastidores da Sociedade Esportiva Palmeiras  clube que conquistou sua volta à série A do Campeonato Brasileiro recentemente e que parece gostar desse clima turbulento pelo qual geralmente está rodeado – divergências sobre a permanência do técnico Gilson Kleina para a sequência do trabalho.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

"Maior legado do time do Santos foi promover o Brasil, diz Pelé"


[Comentário por Wendell Linhares]

A reportagem do Jornal Folha de São Paulo no dia 16/11/2013, encerra uma série de entrevistas sobre os 50 anos do Bicampeonato Mundial do Santos Futebol Clube conquistado em 1963, diante do Milan, da Itália. Para fechar com chave de ouro, nada mais e nada menos que Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos foi o entrevistado.

O Bicampeonato foi conquistado após três jogos, sendo o primeiro realizado em Milão com a vitória do time da casa por 4 a 2, nesse jogo, Pelé sofreu uma lesão muscular na coxa esquerda e ficou fora das outras partidas decisivas. Na partida de volta, disputada no Maracanã, o Peixe devolveu o placar de Milão, levando a disputa para uma terceira partida, a qual foi realizada no mesmo local com a vitória do Santos por 1 a 0.

Durante a entrevista, Pelé comenta sobre suas lembranças da partida disputada em Milão e fala sobre os feitos e o maior legado do Santos Futebol Clube que foi promover o Brasil numa época em que não tínhamos tanta televisão.

O polêmico Pier Paolo Pasolini e o nosso Futebol




[Por André Mendes Capraro]

Durante o período em que passei na Itália realizando minha pesquisa de pós-doutorado uma grata surpresa foi encontrar um ensaio jornalístico do cineasta, escritor e polemista Pier Paolo Pasolini acerca do futebol. Um texto curto, mas de grande impacto, já que, encantado com o futebol apresentado pela seleção brasileira na Copa do Mundo de 1970, Pasolini apresenta um modelo explicativo na tentativa de diferenciar o estilo sul-americano (sobretudo, o brasileiro) do europeu. Contraponto metaforicamente poesia e prosa, a tese consolida a ideia de um futebol arte versus futebol força. Ideia polêmica e questionável, mas que permite que o texto produzido há mais de 40 anos permaneça atualíssimo. Em relação ao ensaio de Pasolini, uma análise acadêmica exemplar foi feita por Élcio Loureiro Cornelsen - http://periodicos.letras.ufmg.br/index.php/caligrama/article/download/202/155. Fica a dica de leitura!

"Presidente do Corinthians oficializa saída de Tite, mas não confirma Mano"




[Sugestão e comentário de Edilson Oliveira]

E assim se encera mais um ciclo do futebol brasileiro, a saída de Tite do Corinthians e uma possível volta de Mano Meneses deixa evidente que este vai e volta de técnicos é uma das formas que a diretoria dos clubes encontra para evitar críticas e cobranças.

Antes mesmo de Tite deixar o Timão o presidente do Corinthians Mário Gobbi, já confirma sua volta em outra oportunidade, isto é, quando o próximo técnico cair de rendimento você volta para comandar a equipe. O que vemos no futebol brasileiro é três ou quatro técnicos revezando o comando de uma equipe, sendo heróis e vilões várias vezes. Pois os diretores e presidentes de clubes apenas diminuem a pressão de suas cabeças, ao invés de investir em um trabalho a longo prazo.

Leia mais em: 

domingo, 17 de novembro de 2013

Crônica da Semana

PONTOS CORRIDOS OU MATA-MATA: AINDA CABE A DISCUSSÃO?


Pela mestranda Gisele Dall Agnol Musse

O Campeonato Brasileiro conheceu seu mais novo campeão: Cruzeiro Esporte Clube! Os mineiros conquistaram o título de 2013 de forma antecipada, sendo que das 38 rodadas, a equipe precisou de apenas 34 para festejar o título. Não há dúvidas de que o clube celeste é o melhor time do campeonato, pois além de ter a maior pontuação, foi o time que fez mais gols (quase 20 a mais que o segundo melhor ataque até o momento) e que tem a segunda melhor defesa, ou seja, praticou o melhor e mais eficiente futebol durante a competição: ofensivo, envolvente, empolgante, repleto de adjetivos positivos que atraem amantes do futebol.
Quando ocorrem conquistas de campeonatos de forma antecipada como presenciamos na atual temporada de 2013, logo aparecem os defensores do campeonato no formato antigo – disputado com turno, quartas de final, semifinal e final – argumentando que o tipo de disputa mata-mata tem mais emoção, pois os jogos tem caráter decisivo das quartas de final em diante e o campeão só será conhecido após o último jogo das finais. Muitas vezes o atual formato de pontos corridos – dois turnos todos contra todos em ida e volta, onde o campeão é decidido pela maior pontuação – é tido como menos emocionante, pois, como ocorreu nesse Brasileirão, o campeão pode ser conhecido com o campeonato ainda em disputa.
Mas será que conhecer o campeão antes da última rodada torna realmente a competição menos emocionante? Em partes é verdade, pois clubes e torcedores que ainda sonhavam com o título disputarão as próximas rodadas sabendo que não terão mais chances de serem campeões. Porém não podemos nos esquecer de que o campeonato não é feito apenas de primeira colocação. Se por um lado já sabemos antecipadamente a quem pertence o título do Brasileirão 2013, por outro lado ainda temos vários clubes disputando uma vaga na Libertadores da América e na Copa Sul-Americana, ou lutando contra o rebaixamento.
Até o final dos jogos que ocorreram no sábado passado (16/11/2013), os times ainda seguiam “embolados” na tabela do campeonato. Com exceção do Cruzeiro e do Atlético – MG (campeão da Libertadores 2013) que já têm vaga garantida na próxima Libertadores, Atlético – PR, Botafogo, Grêmio, Goiás, Vitória e São Paulo – times que ocupam até a 8ª colocação na tabela – ainda estão na disputa por uma vaga na competição continental. Santos e Corinthians (9º e 10º colocados, respectivamente), dependem de resultados combinados nas demais rodadas, tornando praticamente nula as chances de uma vaga.
Já da metade da tabela para baixo – 11º ao 20º colocado –, todos os times têm chances de serem rebaixados, apesar de Internacional e Flamengo (11º e 12º colocados) terem chances praticamente remotas. A disputa está tão intensa que provavelmente os rebaixados somente sejam definidos na última rodada, com exceção do Náutico, que já tem sua vaga garantida na segunda divisão. O que também chama atenção na zona de rebaixamento e provoca expectativas nos amantes do futebol, é o fato de dois grandes e importantes clubes estarem na luta para não cair: o campeão do Brasileirão 2012, Fluminense, e o Vasco da Gama – o que seria (o rebaixamento) uma grande decepção para o futebol carioca.

Atualmente a disputa do principal título do futebol nacional prima pelo mais justo, ou seja, o clube com maior regularidade será o campeão. Essa é a forma disputada nas principais ligas do mundo. Embora esse formato não agrade a todos, o calendário do futebol brasileiro tem espaço para formas diferentes de disputa, como os estaduais (que variam de estado para estado) e a Copa do Brasil. Ainda que para uma minoria, também faz parte do calendário a Libertadores, disputada na forma de copa. Assim, durante o ano todo o futebol brasileiro tem diversos torneios, praticados em vários formatos, que tem disputas para todos os gostos. 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Bom Senso faz seu maior protesto e atletas paralisam jogos do Brasileiro


BERNARDO ITRI
DO PAINEL FC
MARCEL RIZZO
DE SÃO PAULO

Uma nova manifestação do movimento Bom Senso F.C. paralisou nesta quarta-feira os dois jogos das 19h30 do Campeonato Brasileiro por cerca de 30 segundos.
Os árbitros das partidas da 34ª rodada desta quarta-feira deram início aos confrontos, mas os jogadores das equipes cruzaram os braços ou só ficaram trocando passes entre um campo de defesa para o outro.
O gesto coletivo era um sinal de repúdio ao calendário do futebol apresentado pela CBF para 2015.
Edu Andrade/FatoPress
Jogadores do Grêmio e do Vasco seguram faixa em protesto contra a CBF, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre
Jogadores do Grêmio e do Vasco seguram faixa em protesto contra a CBF, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre
O plano do Bom Senso era que o protesto -inédito no futebol brasileiro- acontecesse nos sete confrontos desta quarta-feira pela 34ª rodada da Série A, inclusive nos jogos das 21h e das 21h50. E, de certa forma, em todos funcionou.
No jogo Criciúma x Atlético-PR, no estádio Heriberto Hulse, em Criciúma (SC), também rolou o protesto e após o apito inicial e o primeiro toque na bola dos jogadores da equipe da casa, os atletas ficaram parados por quase 30 segundos. Já em e Botafogo x Portuguesa, no Maracanã, os atletas cruzaram os braços antes do apito inicial. Estas duas partidas começaram às 21h.
Na partida Coritiba x Corinthians, em Curitiba, os jogadores do time paulista tocaram a bola nos pés de um rival que ficou parado, assim como os demais atletas, por 15 segundos. Na sequência, a bola foi devolvida a um corintiano.
21H50
Na rodada das 21h50, considerada horário nobre da TV aberta, o protesto continuou.
No jogo São Paulo x Flamengo, em Itu, o goleiro Rogério Ceni bateu boca com o árbitro Alicio Pena Junior (MG) antes da partida. Mas ao invés dos atletas ficarem parados, jogadores de São Paulo e Flamengo ficaram trocando bola entre um campo de defesa e outro. O protesto nesta partida durou 58 segundos e os jogadores do Fla relataram ameaça de árbitro contra o protesto.
No Barradão, em Salvador, o árbitro Paulo Godoy Bezerra (SC) deu uma bronca nos jogadores, que cruzaram os braços antes do jogo, mas não chegaram a paralisar a partida.
Houve também manifestações antes das partidas. Os atletas das quatro equipes entraram nos gramados carregando faixas que diziam "Por um futebol melhor para todos" e "Amigos da CBF: cadê o bom senso?".
ONDA DE PROTESTOS
Essa foi a segunda e a mais forte manifestação dos jogadores dentro de campo -a primeira foi realizada na 30ª rodada, em meados de outubro, com um abraço coletivo de jogadores da Série A.
Os atletas pleiteiam que a CBF reduza o número de jogos da temporada.
O Bom Senso entende que não está sendo bem compreendido pela entidade e, por isso, decidiu realizar um protesto mais forte.
A Folha apurou que o protesto desta quarta-feira vem sendo discutido há algumas semanas. No entanto, àquela altura, Dida, goleiro do Grêmio e um dos principais líderes do Bom Senso, ponderou que essa manifestação seria um choque excessivo no embate com a CBF. O grupo decidiu, então, cancelar o protesto.
Reprodução
Jogadores fazem protesto logo após o primeiro toque na bola durante jogo do Grêmio x Vasco
Jogadores cruzam os braços e fazem protesto logo após o primeiro toque na bola durante jogo do Grêmio x Vasco
Mas o goleiro veterano mudou de ideia nos últimos dias.
Dida elaborou o texto divulgado pelo Bom Senso ontem, no qual o grupo previa a manifestação hoje.
O levante foi costurado nos últimos dias por cerca de 20 dos jogadores mais influentes do grupo. Depois, o plano foi comunicado aos mais de mil atletas das séries A e B que compõem o movimento.
O meio de comunicação entre os jogadores é sempre o "WhatsApp", aplicativo de mensagens por celular.
A intenção de Dida era divulgar a nota um dia antes para que, ao verem os jogos parados, todos os torcedores entendessem que se tratava de ato do Bom Senso F.C..
Entretanto, a ideia é que o modo como a manifestação ocorreria fosse guardada a sete chaves, justamente para ser uma surpresa geral.
Até mesmo a TV Globo, dona dos direitos de transmissão do Brasileiro, não sabia que o protesto aconteceria.
Os canais da emissora que transmitiram os jogos das 19h30 trataram o ato como se fosse um minuto de silêncio.
A esperança do Bom Senso é que a CBF perceba a capacidade de mobilização dos atletas. E, a partir disso, marque um novo encontro com o grupo para rediscutir as propostas dos jogadores.
A Globo também é vista pelos atletas como um meio estratégico para que consigam a reforma no calendário.
A leitura dos líderes do Bom Senso é que, se o calendário proposto por eles tiver a chancela da emissora, dificilmente a CBF vai se opor.

Editoria de Arte/Folhapress

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2013/11/1370985-bom-senso-faz-seu-maior-protesto-e-atletas-paralisam-jogos-do-brasileiro-por-um-minuto.shtml 

Bom Senso volta a atacar!

O movimento Bom Senso F.C., criado por jogadores profissionais das séries A e B do campeonato brasileiro, tem como slogan: “Por um futebol melhor para quem joga, para quem torce, para quem transmite, para quem patrocina. Por um futebol melhor para todos.” De modo geral, as principais propostas de mudanças são: alteração do calendário, férias, pré-temporada, fair-play financeiro e representatividade em congressos técnicos.
Até então ocorreram duas reuniões oficiais com representantes da CBF e a pouca atenção dada às reivindicações do movimento gerou uma nota oficial nas redes sociais do Bom Senso F.C. ao que consideraram “descaso da CBF”: "Enquanto não obtivermos um retorno oficial, as manifestações aumentarão a cada rodada". O teor das notas era referente às ameaças de manifestações nesta 34.ª rodada da competição caso as exigências do movimento não fossem consideradas. As advertências foram desde utilizar narizes de palhaço ao entram nos jogos até uma possível greve.
A ideia inicial de protesto contra o descaso da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se limitava em mostrar a união dos jogadores através de sucessivos abraços fraternos entre os jogadores. E foi o que aconteceu na 30ª rodada. Porém nesta quarta-feira (13/11) claramente a proposta foi modificada. O tom harmonioso deu lugar a uma espécie de manifestação coma finalidade de provocação à entidade reguladora do futebol no país.
Em diversas partidas da série A desta 34ª rodada (Grêmio x Vasco, Goiás x Ponte Preta, Criciúma x Atlético-PR, Coritiba x Corinthians, Cruzeiro x Vitória, Botafogo x Portuguesa, São Paulo x Flamengo) o teor das manifestações foi diversificado. Alguns jogadores entraram em campo empunhando faixas com os seguintes escritos: "Amigos da CBF: e o bom senso?", "Por um futebol melhor para todos". E não parou por ai! Em alguns jogos os atletas cruzaram os braços, literalmente.
Em contrapartida a CBF autorizou os árbitros a punirem com cartão amarelo os jogadores que cruzarem os braços ou ficarem parados após o início da partida por entenderem que atos de boicote após apito inicial é ato político e, portanto passível de punição.
Nas últimas horas foi publicada na página oficial do Bom Senso a seguinte frase: “Queremos respostas, atitudes e soluções para melhorar o futebol brasileiro !!!” seguida por uma montagem de fotos das manifestações de ontem.
Fora dos campos já se percebe uma tímida mobilização por parte dos torcedores em apoio ao movimento. Fotos nas redes sociais estão sendo publicadas com os torcedores de braços cruzados e questionando o porquê dos narradores, sobretudo da Rede Globo, não contarem a verdade sobre o tal minuto de silêncio.
Aguardemos os próximos capítulos...

Sugestão e comentário de Daniella de Alencar Passos

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

"Santo Marcos"


O presente comentário é sobre o documentário, “Santo Marcos”, por Bruno José Gabriel.

Nesta terça-feira, em São Paulo, no shopping localizado ao lado do Palestra Itália ocorreu o lançamento do documentário que retrata a carreira de um ídolo do futebol nacional. Marcos, ex-goleiro do palmeiras e da seleção brasileira, teve os principais acontecimentos de sua carreira (positivos e negativos) documentados na produção “Santo Marcos”.

Valerá à pena conferir o filme e verificar a representatividade do “São Marcos” perante grandes atores do cenário futebolístico e jornalístico do Brasil, dentre os quais podemos citar, Ronaldo, Romário, Rogério Ceni, Neymar, Denílson, Sérgio, Felipão, Carlos Precidelli. Enquanto o filme não estréia nos cinemas e/ou o DVD é comercializado, confira o trailer!

SANTO MARCOS: 4 A 0. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=9M_oEkaUi_8

"Politicamente (in)correto"


[Por Jhonatan Souza]

Em sua atuação política, o deputado federal Romário Faria desconstruiu muitas das expectativas negativas sobre sua gestão projetadas imediatamente após sua eleição para o congresso em 2010. De alguma maneira, e com todas as contradições que são inerentes à política institucional, Romário demonstrou que há um espaço para a atuação de ex-atletas e sujeitos que tiveram algum envolvimento com o esporte profissional, que não aquele reservados às "bancadas da bola", velhas conhecidas pelo seu conservadorismo e pela associação à CBF, ao COI ou à FIFA. Não se trata de enaltecer pura e simplesmente a atuação de Romário no Congresso, que por vezes é contraditória, de outro modo, sua trajetória política serve para pensar um fenômeno mais amplo, que ultrapassa a figura do deputado carioca.

Um dos acontecimentos de maior destaque nas eleições de 2010 foi o chamado "fenômeno Tiririca", ou seja, a eleição de ícones da cultura de massas no Brasil, algumas vezes, como no caso do próprio cantor que dá nome ao fenômeno, com elevada votação. Para muitos, a vitória das "celebridades" no pleito representou o símbolo maior da alienação do eleitorado nacional, e a expectativa sobre os futuros mandatos era um misto de comicidade com insignificância. Quase três anos depois, o ex-BBB Jean Wyllys foi eleito o melhor parlamentar de 2013 no prêmio Congresso em Foco, sendo uma das principais vozes contra os projetos do deputado e pastor Marcos Feliciano. Romário, por sua vez, tornou-se um dos mais destacados parlamentares a criticar a gestão e execução dos projetos relativos à Copa e às Olimpíadas no Brasil. Ambos, embora muito diferentes, acrescentaram uma dose de complexidade no fenômeno dos "políticos celebridade" - incluindo aí os esportistas. De alguma maneira, romperam um dos preconceitos mais fortes da intelectualidade brasileira, aquele voltado a tudo que vem da cultura de massas.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Crônica da Semana

Planejamento: O segredo do sucesso.

Professor Jackson Fernando Mosko



Numa época em que o futebol brasileiro passa por inúmeras criticas quanto ao seu calendário, um clube se destaca pelos resultados positivos, mais até do que o ‘virtual’ campeão nacional, isso pelos excelentes resultados nas duas principais competições nacionais.
O Clube Atlético Paranaense veio na contramão de todos os principais clubes do país, deixando seu elenco principal na ‘maior pré-temporada do mundo’, como noticiavam os meios de comunicação no início do ano. Quase seis meses de preparação, deixando seus principais jogadores somente treinando enquanto um elenco de jovens jogadores de até 23 anos jogavam o campeonato estadual. É fato que esse elenco não foi campeão, mas chegou a final do estadual e ainda revelou alguns bons jogadores, que hoje compõe o elenco principal.
Muitas foram às críticas, porém neste mês de novembro a quatro rodadas do fim do campeonato brasileiro, o CAP é considerado um dos melhores elencos do país, estando entre os quatro melhores do campeonato brasileiro e finalista da Copa do Brasil. O clube ainda conta com o artilheiro do campeonato nacional e jogadores considerados como boas revelações do campeonato.
Isto se deve além do time estar entrosado, um grupo de bons jogadores, com uma boa preparação física, mas sem dúvida ao planejamento inicial do clube que foi fundamental para esta boa campanha. O fato de ter a maior pré-temporada, fez com que o CAP seja o clube que menos jogou este ano, fundamental para o final de temporada quanto ao risco de lesão dos jogadores, e também ao rendimento dos jogadores.
O planejamento foi fundamental, ‘quebrou paradigmas’ como diz o presidente do clube, gostando ou não aqueles que criticavam no início do ano tem que reconhecer que o planejamento foi excepcional e um exemplo a ser seguido, já que o calendário brasileiro aparentemente nada irá mudar, pelo menos por enquanto.
Ainda vale lembrar que o CAP está jogando fora de seu estádio, que está em reformas para o mundial do ano que vem, e também que enquanto alguns clubes ‘lutam’ para que suas dívidas sejam perdoadas, o CAP é um clube sem dívidas e com superávit, isso graças administração aos moldes de uma empresa.


sábado, 9 de novembro de 2013

"Em clima de Copa do Mundo, mais um livro rememora as grandes seleções de futebol"

O livro "As 22 Seleções que mais Encantaram ao Longo da História" de Paulo Maurício Maia (Editora Rotativa) apresenta os times que, de acordo com o autor, mais se destacaram por suas conquistas e/ou desempenhos coletivos e individuais.

De acordo com o blogueiro Bruno Salles:

"Em seu livro de estreia o autor fala sobre grandes esquadrões da história, que fizeram sucesso em Copas do Mundo, ou não, que conquistaram títulos, ou não, mas sempre encantando plateias por onde passaram. Das célebres seleções brasileiras campeãs do mundo de 1958 e a de 1970 ao quase esquecido Wunderteam, que significa time maravilha, a seleção austríaca do começo dos anos 30, passando pela França dos anos 80, Portugal dos anos 60, entre tantas outras." (Fonte:http://vejario.abril.com.br/blog/historias-do-futebol-carioca/uncategorized/811)

Comentários de André Couto:

O trabalho, que não tem intenção historiográfica muito menos de problematização das fontes analisadas, permite visualizar um panorama geral acerca de seleções importantes para suas respectivas épocas, sendo que algumas delas foram esquecidas pelo grande público nos dias de hoje.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Comentários sobre o aguante


Em uma das aulas que frequentei na UBA com o prof. Pablo Alabarces, o debate gravitou em torno do universo futebolístico, mais estritamente ao redor do universo do aguante, do torcedor aficionado, imerso em sua paixão a ponto de assumir sua identificação desportiva não só como aspecto central e organizador de sua vivência cotidiana, mas como uma postura cultural e política alternativa aos padrões sociais hegemônicos.
Reconhecer a existência do aguante enquanto espécie de caráter resistente a uma ordem imposta não significa compactuar com seus códigos simbólicos, comportamentos, valores e balizas morais. Como ressaltou Alabarces, há uma sorte de ética do aguante, profundamente arraigada em um conjunto de concepções não só heteronormativas, mas definitivamente pertencentes a um etos eminente e restritamente masculino. Nestas condições, a torcida ainda se configuraria enquanto um espaço, para roubar um dos termos célebres das crônicas do prof. Luiz Carlos Ribeiro neste blog, de “machos beberrões”.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

TV pode criar abismo entre ricos e pobres e aumentar a força do Corinthians



por Miguel de Freitas



Em um momento que se fala em Fair Play Financeiro na Europa, utiliza-se teto salarial nas maiores ligas esportivas norte-americana, o futebol brasileiro caminha para consolidar um abismo entre alguns clubes que possuem as maiores torcidas e os clubes menores. Será que em breve o nosso campeonato -- que já não é vendável para o resto do mundo, mesmo apresentando vários clubes brigando entre si para ver quem será campeão, quem fica no G4, quem cai... -- vai piorar, deixando a disputa somente entre duas ou três equipes que terão sustentação financeira para montar as melhores equipes?